Os estudantes e “Che” Guevara

Os estudantes de Assú e região reavivaram hoje (05) instantes históricos da juventude brasileira.

Quem viveu a época dos caras pintadas no “Fora Collor” e as campanhas do presidente Lula – e o PT local, hein? – “sem medo de ser feliz”, não teve como não recordar com o ato vivido na noite desta terça-feira em frente à sede da Câmara Municipal.  

Desassombrados, os jovens foram às ruas e relembraram, com destemor e vibração, manifestações de confronto contra ideais despóticos e totalitários que tantos registros possuem ao longo da história da humanidade.

Segmentos outros são submissos, indiferentes, amordaçados ou desencorajados?

Que sejam!

Mas, os jovens estudantes não.

Hoje, mais do que nunca, eles simbolizaram estoicamente a resistência e a valentia ante os que querem se impor colocando a vontade do povo debaixo de seus pés.

E, na busca do direito de pavimentar seus sonhos, construir seu futuro e conquistar o amanhã, os estudantes despojaram-se dos fantasmas do medo, da opressão e da tirania.

A população testemunhou tudo, com um misto de admiração, respeito e compreensão.

Sim, por que todos, de uma forma ou de outra, possuem uma pessoa - um irmão ou irmã, amigo ou amiga, vizinho ou vizinha, conhecido ou conhecida - que está sofrendo com a ameaça visível de talvez ter prejudicado seu ensino técnico ou universidade, conseguidos com tanta dificuldade e inúmeras noites insones, para estudar com afinco e para orgulhar a si próprios e suas famílias - que também tiveram sua cota de sacrifício para vê-los vencer na vida.

Guardadas as devidas proporções, não vejo exagero nenhum em dizer que, se fosse vivo, o mítico Ernesto “Che” Guevara teria optado por estar ombro a ombro com os estudantes na noite de hoje.

Até porque, como ele próprio disse: “Se tremes diante de qualquer injustiça, estejas onde for, então somos companheiros!”.

Ou ainda: “Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera”.

Nada mais precisa ser dito...